quinta-feira, 28 de março de 2013

O medo nosso de cada dia...

O medo nosso de cada dia...
De acordar e nada estar/ ser como antes.
O novo nos amedronta... Um medo que nos corrói e não nos deixa avançar!

O medo nosso de cada dia...
De receber um não quando o sim é iminente.
A ideia da rejeição é entristecedora... A tristeza que jamais queremos sentir!

O medo nosso de cada dia...
De lutar e não alcançar a vitória.
A derrota não é bem-vinda... Não queremos ser perdedores!

O medo de perder que nos impossibilita de sermos vencedores.
O medo de sofrer que nos impede de sermos felizes.
Vivemos com medo e acabamos tendo medo de efetivamente viver.

O medo nosso de cada dia... São tantos os medos alimentados diariamente!
Como exterminá-los?
Ah, arriscar é preciso...
Viver já é um risco.
Que assumamos esse risco e vivamos muito mais intensamente!


Arriscar é preciso. Que a partir de agora: seja o risco nosso de cada dia...

(Mara Oliveira)

domingo, 17 de março de 2013

Silencie...

Palavras jogadas ao vento. Palavras dirigidas a meus ouvidos.
Palavras cantadas. Palavras inventadas. Palavras sabotadas.
Palavras sussurradas! Palavras petrificadas. 
Palavras... Somente palavras.

Não há consonância entre a palavra proferida, o olhar lançado e o sentimento proclamado.

Silencie!
Palavras são desnecessárias, quando os ouvidos já estão calejados e a cegueira alcançou os olhos cujas ações não podem ser presenciadas, pois elas jamais existiram.

Silencie!
Discursos são inúteis, quando não há mais argumentação convincente.

Silencie!
Piadas são irrelevantes, quando o picadeiro foi destruído.

Apenas silencie!

Silencie suas palavras e dê voz às ações!
(Mara Oliveira)