quarta-feira, 17 de março de 2010

Ah, o tempo...


Ah, estive pensando sobre o tempo...

Muitos se tornam aliados dele...

Enquanto outros se tornam escravos dele...

Mas todos nós nos submetemos a materialidade do tempo: o relógio.

Temos hora para acordar, para trabalhar, para estudar, para o lazer, enfim uma infinidade de atividades que se realizam ou não em detrimento do tempo.

Quando nos perguntam nossa idade, qual seria o parâmetro para tal questionamento? O ano são horas, dias, meses... Um tempo vivido! O tempo dormido conta? Teríamos que excluir as horas dormidas? (Ah... Essa ideia muito me agrada. rsrsrs)

TEMPO até que ponto é real, e quando se torna surreal?
O que é um milésimo de segundo para um artesão? E para um nadador que fica em segundo lugar?

O tempo é um que se divide em muitos. Dependerá da situação e do indivíduo para conceituá-lo e organizá-lo.

Ah, o tempo... Símbolo capitalista! Remédio para as mágoas! Aliado! Inimigo! Devorador de pessoas queridas...

Sobreviver ao tempo, para os escritores, é uma vitória, por isso somente os bons são atemporais! Acredito que nós também podemos ser atemporais, é apenas uma questão de estilo de vida...
 (Mara Oliveira)




quarta-feira, 3 de março de 2010

Consciência Linguística

Depois de tanto tempo sem postar... Lá vamos nós...

Falar sobre a nossa língua é discutir sobre um assunto delicado, visto que há um grande número de estudiosos com pensamentos conflitantes. De um lado temos os gramáticos que defendem a ideia de que a língua é estática e deve a todo custo ser regida pela norma culta, enquanto os linguistas estudam a língua como uma estrutura dinâmica sujeita a transformações.

Se de fato a língua não fosse dinâmica, como explicaríamos as diferenças entre o português do Brasil e o de Portugal? Como explicaríamos os neologismos criados na fala, que acabaram sendo dicionarizados e consequentemente incorporados à língua? Como poderíamos argumentar sobre a origem do popular “vc”?

Nós procuramos a economia linguística (até porque somos regidos pelo sistema capitalista, em que “Tempo é dinheiro”), queremos inovar sempre, seja para determinar o grupo ao qual pertencemos, seja para demonstrar certo grau de informalidade, ou até mesmo para afirmar nossa identidade.

Há aqueles que querem que a fala seja tal qual preconiza a gramática, mas como? Se são dois atos diferentes. O pensamento é muito rápido, e a medida que pensamos falamos, além de termos nosso interlocutor presente, o que nos possibilita expressarmos utilizando gestos,um vocabulário diversificado, repetimos palavras e temos um retorno se estamos ou não sendo compreendidos. Já a escrita é morosa, não temos o nosso interlocutor conosco, portanto devemos nos utilizar de articuladores argumentativos cuja função é a de não dar margem a dúvidas, além de usarmos um vocabulário mais restrito, evitando gírias, pois pode haver diferenças na semântica de algumas expressões de um leitor para outro.

Ainda se fala que o chamado “internetês” destrói a língua... Mas quando fazemos o uso de palavras como “vc” e “blz” no msn ou no orkut atingimos um nível de informalidade alto, visto que as postagens se aproximam bastante da fala.

Não acredito que devemos dizer que haja “certo e errado” na língua, mas sim adequação e (in)adequação, pois é a situação sócio-comunicativa que determinará se o discurso deverá estar ou não mais próximo da norma culta (padrão).

Há muitas pessoas que adoram apontar os “erros” que os outros cometem, mas em geral são pessoas que não dominam a norma culta (regras gramaticais), mas insistem em querer “corrigir”, quando na verdade precisam ser corrigidas!

Acredito que a principal função da língua é a comunicação, se você entende e é entendido, ótimo! Temos apenas de saber usar adequadamente a língua às situações que somos submetidos. Escrever no “msn” é uma situação, postar no “orkut” é outra, redigir uma redação para concurso e/ou vestibular é uma situação diferente. Mas como dominar as diversas facetas da língua(gem)? Simples, além de estudo, bastante treino... Que tal começar agora?
  (Mara Oliveira)